Bocejos Oficiais
Diante do poeta
O governo boceja
Aniquila sua obra
Na indiferença oficial.
O boi rumina
A poesia do sal
Que, na seca,
Engorda os bolsos
Insalubres do capitalista.
Oportunista, o sistema
Condena artistas
Aos obstáculos do beija-mãos
Encerrando em cárceres privados
De arquivos mortos
A arte abortada dos becos,
Esquartejadas no muro
Com ficha na polícia.
Um poeta que se cala à força
É porta aberta
À perpetuação do peso,
Do grilhão
E do medo!
Classificado para a antologia NOSSOS ESCRITOS POÉTICOS – Promotor: EDIÇÕES E PUBLICAÇÕES – Organização: ANA ANGÉLICA FERRAZI e LENÍLSON SILVA – São Paulo (SP) - em 12/01/20.
Parabéns 👏👏👏
ResponderExcluirQue poema fantástico!
ResponderExcluirSeus poemas são alimentados pela sua inteligência, imaginação... é aí que se encontra seus méritos. Abraços meu querido poeta. ❤️❤️
Que massa! Parabéns!!!
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