Foto: Francisco Ferreira
Terra Virtual
Quando a Tapera escorreu das frestas de meu bornal
e nada mais restou na última curva,
bananeiras tolas acenaram-me
e, sem saudades, vim-me embora.
Não foram adeuses
que as laranjeiras daquela época e quintais
não sabiam sentimentos.
Cumpriam apenas seus papéis
em oferendas sabotadas por sanhaços,
muito mais sabidos do que as laranjas.
Hoje, que minha atiradeira não reconhece torcais
e os mamoeiros aprenderam o sabor de amar(elar),
é tédio agora. Meu picuá já tão cheio!
A terra mater despenca
de cachoeiras e paredes virtuais em close,
sobre meu peito seco
e um banzo de gemidos de porteiras
chama-me: volta, volta, volta...
Poema TERRA VIRTUAL publicado na antologia DE VERSO EM VERSO - Poemas - Edição Especial 2015 - pag. 23 - Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - fevereiro/2015.
Lindoooo
ResponderExcluir👏👏👏🌟
ResponderExcluirMuito lindo.👏👏👏
ResponderExcluirLindo poema.
ResponderExcluirEste poema tem sabor, tem saudade, tem nostalgia. Uma despedida que deixou um grande vazio. Lembranças que ficam guardadas, naquela caixinha que só o dono pode abrir. Me fez viajar pra bem longe. Abraços, poeta.
ResponderExcluirMuito lindo parabéns amigo
ResponderExcluirExcelente! Vi toda a cena!
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