Foto: Francisco Ferreira
Neocolonialismo
O meu ouro
em pepitas
o português
mo levou,
o seu veio,
minhas veias
luso guloso
esgotou.
Alforriado
de riquezas
pensei com
sossego,
se se foi o
metal
e me restou
só pobreza...
mas, já que
se abastou,
livrei-me
do galego.
Mas, oh,
maldita hematita
que do
antigo veio brotou
e, ao
inglês capitalista
nova
fortuna denunciou.
E agora o
que me resta
senão me
anglicanizar
pois aquela
escola, a farmácia
dizem-me:
“o inglês construiu”,
a estrada e
as pontes?
O inglês
erigiu;
aquele rio,
essa lua
tudo é do
inglês, ouviu?
Penso bem
que até eu
foi o
inglês quem pariu.
Poema NEOCOLONIALISMO publicado no jornal LETRAS SANTIAGUENSES - Ano 24 - número 143 - setembro/outubro- 2019 - pag. 10 - col. 03 - Editores: AURI ANTÔNIO SUDATI e ZÉ LIR MADALOSSO - Santa Maria (RS) - Tiragem: 2.400 exemplares - outubro/2019.
Belo poema! E pensar que poderia ser diferente...
ResponderExcluirO poema diz tudo, parabéns.
ResponderExcluirVerdade!!!
ResponderExcluirBelíssimo!
ResponderExcluirBravo! Belíssimo poema! A arrogância inglesa é detestável. Abraços, poeta.
ResponderExcluirO poema diz tudo, parabéns.
ResponderExcluirLindo poema
ResponderExcluirBelo poema...
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