Foto: Francisco Ferreira
Trovas
Corre
sangue em minhas veias
dos
caboclos do sertão;
rejeito,
portanto, as peias,
brida,
arreata e grilhão.
***
Velhos
peões desta terra
que
viveram com bravura,
hoje
estão perdendo a guerra
pra
depressão e amargura.
***
Na
minha roça pensando
eu
quase perco o juízo
e
assim distante estando
de
saudade a rebatizo.
***
Vou
pitando o meu paieiro,
minha
cachaça, bebendo;
sou
só mais um dos roceiros
nesta
cidade sofrendo.
***
Aqui
siriemas cantando
o
fazem pra não chorar,
melhor
na roça chorando,
que
na cidade a cantar.
***
As
horas passam depressa
seguindo
seu curso, a vida,
nem
bem a lida começa
e
é hora da despedida.
***
Que
seja dor a lembrança
nem
me importa se é saudade,
dos
bons tempos de criança
não
conhecia a maldade.
***
As
reformas, tão em alta,
que
à vezes, alguém enguiça,
para,
pensa e sente falta
de
por trema na linguiça.
***
Velha
fazenda querida
infância
com liberdade,
meus
avós inda com vida,
é
assim que vejo a saudade.
***
Quando
frango novo eu era
o
milho, comia na mão,
mas,
galo velho, o que espera?
Bater
seu bico no chão.
Trovas publicadas em minha coluna FIEL DA BALANÇA do blog OCEANO NOTURNO DE LETRAS - Rio de Janeiro (RJ) - 06/11/19.
Lindo boa noite poeta
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirPara refletirmos...
ResponderExcluirPara refletirmos...
ResponderExcluirOi lindo, Belo poema, me fez recordar minha infância!
ResponderExcluirLindo!Boas lembranças.
ResponderExcluirBom dia poeta ficou lindo
ResponderExcluirÉ um gosto gostoso de gostar (muitíssimo), das suas TROVAS. São deliciosamente gostosas de ler. Boa tarde, Trovador/Poeta. Abraços.
ResponderExcluirTrovando a lida. Muito bom!
ResponderExcluirHora 18:05 não 12:59. Precisa ajustar
ResponderExcluirMuito bom, principalmente para recordar e refletir, boa noite.
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