Foto: Vera Buosi
Ofertório
Um amor plebeu é que ofereço
em cântaros de barro rústico
e alguidares e gamelas de madeira
pobre, branca sem cerne; servido.
É um amor assim insulso
sem esplendores de martírios
ou renúncias merecedoras de créditos
sussurrado em esquinas suspeitas.
Um amor pequenino, pecaminoso
purulento e mesquinho, sem méritos,
grão de areia, cisco no universo
dos grandes amores. É só isso!
Nada mais carrego nos bolsos,
nos alforjes ou coração
somente semente, já chocha,
bem pouco provável que vingue.
É mínimo, ínfimo, mísero
mas se queres, toma-o para ti:
É chavo, mas todo teu!
Poema OFERTÓRIO publicado na ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - volume 125 -pag.25 - Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - junho/2015.
Lindo de mais ❤
ResponderExcluirNenhuma quantidade de amor é insignificante. "O pouco é tudo quando o amor ecoa..." Sempre tenha tempo para poetizar. Abraços, poeta.
ResponderExcluirMuito lindo
ResponderExcluirMesmo sendo mínimo é o amor, com certeza não vai insignificante, abraços.
ResponderExcluirLindo poema,o amor mesmo sendo pouco é tudo poeta.
ResponderExcluirA quantidade não importa, o importante é que prevaleça o amor.
ResponderExcluirMuito lindo.......👏👏👏👏💗
ResponderExcluirQuanta inspiração... Parabéns!
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