Foto: Edilena Gomes
Seca
Nas navalhas de macaco
o vento faz a barba do sol
debruando em brilhos o riachinho
que espreguiça fino em afluentes secos.
O anzol fere o espelho d’água rasa
colhendo piabas, cambebas
em matas de algas e pedras.
Do fundo da floresta
a noite conversa comigo
numa fala-flauta de cachorro ferido.
Nos grotões, e brenhas, e brejos
campeiam caçadores de estrelas
perdidas em nuvens- tempestade.
Sabiás assoviam sermões
suplicando setembros e chuvas
se a Primavera demora em epifanias
nos galhos secos, cortantes
que os ventos de agosto
desnudaram, despudoradamente.
Poema SECA publicado na ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS - volume 122 - pag. 26 - Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) - Rio de Janeiro (RJ) - março/2015.
Lindo demais Parabens
ResponderExcluirMuito bom....
ResponderExcluirMuito lindoooooo
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirLindo demais Parabens
ResponderExcluirRe
Maravilhoso , abraços poeta.
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