Foto: Francisco Ferreira
Sólidos
No tempo das’águas, no em antes, do ano passado
andei quase a virar passarinho.
Um átimo da minha vocação
de borboleta ou morcego foi que faltou.
Desvoei!
Mas meu medo de menino,
medo ancestral da queda, amoleceu-me.
Desdesenhadas
minhas
almas tortas
Recolhi as penas e a pena.
Despoetei-me.
Arrasto-me lagarto desde então.
Encaramujei minhas vontades
e liberdades receosas. Parado no ar
caindo de pedra e chumbo,
Gravitacionei.
Poema SÓLIDOS publicado na antologia COLETÂNEA INTERNACIONAL ENREOLHARES - POESIAS, CRÔNICAS, CONTOS E ARTIGOS - 2017 - pag.75 - Organização: ROZÉLIA SCHEIFLER RASIA e ILDA MARIA COSTA BRASIL - GAIA EDITORA e ALPAS 21 - Cruz Alta (RS) - 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário