Foto: Francisco Ferreira©
Equus
Do ventre aberto do
cavalo morto
brotam como cogumelos
os urubus
em todos os tons de
preto e luto fechado.
Espantalho com farda de
falcoeiro
acolhe em ramas negras
os abutres
quando o vira-latas
Faísca os espaventa
pelo espólio da carne
morta
do cavalo também morto.
Sob as costelas mortas
do cavalo morto
crescem escaravelhos e
larvas
e raízes adubadas de
capim
no chorume vivo do
cavalo morto.
Éguas virgens e potras
viúvas
relincham cios inúteis
e seus ventres ocos
de potros inconcebidos,
abortos do cavalo morto.
Poema EQUUS publicado na revista CABEÇA ATIVA - 36 - Ano VIII - fev./mar./abr. - 2017 - EQUINOS - pag. 11 - Editores CLÁUDIA BRINO e VIEIRA VIVO - Costelas Felinas Editora - São Vicente (SP) - 2017
Parabéns!!!!
ResponderExcluirObrigado. Volte sempre.
ExcluirParabéns...
ResponderExcluirObrigado. Volte sempre.
ExcluirMe fez lembrar do meu cavalo, se chamava gabinete, meus parabéns.
ResponderExcluirObrigado. Volte sempre, Edilena.
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